Rede de vinhos falsos de grand cru é desmantelada pela polícia

Notícias

Uma rede criminosa que produzia versões falsificadas de vinhos franceses de alta qualidade e os vendia por até €15.000 por garrafa foi desmantelada por operações policiais no norte da Itália, segundo autoridades.

As operações policiais realizadas em Milão e Turim em 14 de outubro desmantelaram uma rede criminosa que estava fabricando e vendendo falsificações de vinhos grand cru franceses, informou a agência Europol. 

Os falsificadores vendiam as versões falsas dos vinhos grands crus por até €15.000 por garrafa (£12.500), informou a agência, sem mencionar vinhos ou produtores específicos que foram alvo.

Também ocorreram operações em Paris, segundo a Eurojust, entidade de justiça criminal da União Europeia, que acrescentou que os falsificadores teriam obtido mais de €2 milhões em lucros.

As operações em 14 casas no norte da Itália resultaram na apreensão de “grandes quantidades” de vinho, além de “adesivos de vinhos” e produtos de cera, de acordo com a Europol.

Em uma operação aparentemente sofisticada de falsificação, a polícia também encontrou ingredientes para reabastecer vinhos, máquinas para reencaixar garrafas, bens de luxo e equipamentos eletrônicos avaliados em €1,4 milhão.

Investigação de vinhos falsos pela Europol, 2024

Algumas das quantias em dinheiro encontradas durante as operações. Crédito da foto: Europol.

Mais de €100.000 em dinheiro foram recuperados, disse a Europol, que tem ajudado a coordenar uma investigação sobre a rede criminosa desde 2021.

Seis suspeitos foram presos após as operações, incluindo um “alvo de alto valor”. A Eurojust informou que, no total, sete suspeitos foram detidos.

Acredita-se que os vinhos grand cru falsos eram oferecidos para venda em diferentes locais, inclusive fora das fronteiras da Itália.

As falsificações eram produzidas na Itália e transportadas para um aeroporto não revelado, antes de serem exportadas para venda a preço de mercado, disse a agência, acrescentando que a investigação foi liderada pela Gendarmerie da França com o apoio dos Carabinieri italianos e das agências policiais suíças.

A polícia também encontrou semelhanças entre as táticas dos falsificadores e um caso anterior encerrado em 2015.

As ligações incluíam a origem das cápsulas e das impressoras de rótulos, disse a Europol, que também indicou que um cidadão russo estava ligado às duas investigações.

A partir de 2019, novas falsificações começaram a aparecer na Europa, particularmente na Itália e na Suíça, informou a agência, acrescentando que seu papel no auxílio à troca de informações entre as forças policiais ajudou a unidade da gendarmerie francesa encarregada do caso a identificar essa nova rota de distribuição de vinhos grand cru falsos.